sábado, 23 de julho de 2011

Suecos encerram Embaixada em Luanda com sentimento de ingratidão ...

Suecos encerram Embaixada em Luanda com sentimento de ingratidão ...
Notícias - Nacional
bandeira-sueciaAs portas da embaixada fecharam-se logo no início deste mês.Mas os públicos não foram avisados desta decisãotomada.
Forçado pelo PSD-partido na oposição, o parlamento sueco já havia votado favoravelmente no encerramento, ainda no final do ano passado.
Razões financeiras ditaram esta medida. Esta é pelo menos a versão oficial, embora informações vindas do interior da chancelaria a que nós tivemos acesso apontem para o mal estar que se instalou entre os dois países, nos últimos tempos.
Um alto funcionário pediu para não ser identificado e disse que Estocolmo, passou a sentir mais dificuldades para concretizar negócios em Luanda através de empresas do seu país que pretendiam implantar-se. Dificuldades sentidas mesmo a partir da ANIP-agência de investimento privado.
A corrupção, sem especificar a natureza da mesma, foi designada obstáculo número um, sobretudo quando passaram a ser impostas algumas condições, como sejam exigências de parcerias com empresas angolanas.
O país europeu encetou ainda assim iniciativas visando ultrapassar a situação que viria a descambar no mal estar vivido. Entre Março e Abril enviou Sten Rylander à Luanda que foi o primeiro embaixador nestas terras, mas sem sucesso.
A Suécia esteve 30 anos aqui representada, e apoiou o país durante a guerra civil, através de ajuda humanitária directa.
Tudo que se pode interpretar, é que um certo sentimento de ingratidão tomou conta dos suecos, desde que o governo angolano passou a dar primazia as organizações empresariais de países asiáticos, segundo revelaram as fontes por nós contactadas.
O encerramento que é o corolário destes desentendimentos, foi precedido de um, mais ou menos longo período de conversações o que possibilitou o retardamento deste encerramento em pelo menos três anos.
Depois de se ter vendido pelas próprias autoridades do país europeu, o imóvel da onde funcionava a embaixada, na rua Ndunduma, no bairro Miramar, certos funcionários da embaixada passaram a ser importunados por entidades afectas ao ministério da Construção e Urbanismo, que os solicitam para fornecer informações detalhadas sobre um outro imóvel, conhecido como o prédio dos suecos, na António Barroso, junto à loja da Martal.
Por outro lado, apesar de ter passado a responsabilidade da emissão de vistos para a embaixada norueguesa, Estocolmo designou Svend Thomsen Cônsul honorário, um sueco residente, casado com angolana.
Luanda minimizou as informações através de Teodolinda Rodrigues, directora do departamento Europa do MIREX- ministério das relações exteriores.
Alexandre Neto

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