| Suecos encerram Embaixada em Luanda com sentimento de ingratidão ... |
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Forçado pelo PSD-partido na oposição, o parlamento sueco já havia votado favoravelmente no encerramento, ainda no final do ano passado. Razões financeiras ditaram esta medida. Esta é pelo menos a versão oficial, embora informações vindas do interior da chancelaria a que nós tivemos acesso apontem para o mal estar que se instalou entre os dois países, nos últimos tempos. Um alto funcionário pediu para não ser identificado e disse que Estocolmo, passou a sentir mais dificuldades para concretizar negócios em Luanda através de empresas do seu país que pretendiam implantar-se. Dificuldades sentidas mesmo a partir da ANIP-agência de investimento privado. A corrupção, sem especificar a natureza da mesma, foi designada obstáculo número um, sobretudo quando passaram a ser impostas algumas condições, como sejam exigências de parcerias com empresas angolanas. O país europeu encetou ainda assim iniciativas visando ultrapassar a situação que viria a descambar no mal estar vivido. Entre Março e Abril enviou Sten Rylander à Luanda que foi o primeiro embaixador nestas terras, mas sem sucesso. A Suécia esteve 30 anos aqui representada, e apoiou o país durante a guerra civil, através de ajuda humanitária directa. Tudo que se pode interpretar, é que um certo sentimento de ingratidão tomou conta dos suecos, desde que o governo angolano passou a dar primazia as organizações empresariais de países asiáticos, segundo revelaram as fontes por nós contactadas. O encerramento que é o corolário destes desentendimentos, foi precedido de um, mais ou menos longo período de conversações o que possibilitou o retardamento deste encerramento em pelo menos três anos. Depois de se ter vendido pelas próprias autoridades do país europeu, o imóvel da onde funcionava a embaixada, na rua Ndunduma, no bairro Miramar, certos funcionários da embaixada passaram a ser importunados por entidades afectas ao ministério da Construção e Urbanismo, que os solicitam para fornecer informações detalhadas sobre um outro imóvel, conhecido como o prédio dos suecos, na António Barroso, junto à loja da Martal. Por outro lado, apesar de ter passado a responsabilidade da emissão de vistos para a embaixada norueguesa, Estocolmo designou Svend Thomsen Cônsul honorário, um sueco residente, casado com angolana. Luanda minimizou as informações através de Teodolinda Rodrigues, directora do departamento Europa do MIREX- ministério das relações exteriores. Alexandre Neto |
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nelson benjmim