A razão pela qual os dedos ficam enrugados quando ficam em contato prolongado com a água é um mistério que perdura por toda a história do homem moderno.
Agora, físicos alemães descobriram o mecanismo que permite que os dedos fiquem enrugados e, em seguida, voltem ao normal. E esse entendimento pode revolucionar os materiais que criamos.
Acontece que o processo de enrugamento e “desenrugamento” é um incrível ato de equilíbrio energético. Termodinamicamente falando, a rede de filamentos de proteínas de queratina que compõem as camadas mais externas da pele querem absorver a água quando submersa; essa rápida absorção cria as rugas e um inchaço no dedo.
Mas isso é apenas a metade da equação – se o inchaço não fosse combatido, sua pele ficaria enrugada para sempre. Os pesquisadores Myfanwy Evans e Roland Roth criaram um modelo de tecido de fibras elásticas que, depois de absorver uma certa quantidade de água, salta de volta para sua forma original. Quando compararam com o modelo da pele humana, eles descobriram que os padrões de tecidos eram quase idênticos.
Portanto, agora que entendemos a geometria que permite que a pele humana se enrugue e volte ao normal, poderíamos estar em melhores condições de criar materiais duráveis e flexíveis que podem mudar de forma, saltando de volta para a configuração original sem se deformar. Isso é um enorme desenvolvimento no mundo da ciência dos materiais, para não mencionar o tratamento de doenças da pele e, possivelmente, o desenvolvimento de enxertos de pele sintética altamente realistas.
Embora já conhecemos o mecanismo por trás desse processo, não se sabe exatamente porque isso acontece. A teoria mais aceita é essa é uma característica evolutiva que torna mais fácil o manuseio de objetos submersos ou molhados. Essa adaptação teria sido fundamental para os primeiros humanos que procuravam por alimentos em rios e lagos. [Gizmodo]
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nelsonmanuelbenjamim