Concluem que as soluções desinfetantes das piscinas deveriam ser suficientes para acabar com o vírus.
No mar, o relatório observa que, embora não existam dados sobre sua persistência, por analogia ao que acontece com outros similares o efeito de diluição e a presença de sal provavelmente contribuem para uma diminuição da carga viral e sua inativação.
Os rios, lagos e outros lugares de água doce estancada são “menos aconselháveis”, porque é possível que o vírus se propague ali com mais facilidade. “Estudos centrados em outros coronavírus com características similares ao SARS-CoV-2 demonstraram que os vírus continuam sendo temporariamente infecciosos em ambientes naturais de água doce”, detalha o documento.
Existem estudos experimentais da prevalência do vírus em solos naturais. Na areia da praia, os cientistas do CSIC salientam que a ação conjunta do sal marinho, da radiação ultravioleta solar e da alta temperatura são favoráveis para a inativação dos agentes patogênicos. O relatório também insiste em que qualquer forma de desinfecção da areia da praia deve ser respeitosa com o meio ambiente, e que não é recomendável sua desinfecção com os procedimentos habituais para espaços públicos urbanos,
como aconteceu por exemplo em Zahara de los Atunes (sul da Espanha).
Antonio Figueras, biólogo do Instituto de Pesquisas Marinhas de Vigo (noroeste do país) e um dos signatários do documento, enfatiza que as conclusões deste relatório não são um convite para ir em massa à praia ou à piscina. “O problema não é o meio, seja a água ou a areia, e sim as pessoas. Embora o mar não seja o lugar ideal para a transmissão, se houver aglomerações ela pode acontecer”, observa. “Se houver uma alta densidade de infectantes, o mais provável é que você se infecte. É preciso seguir indicações das autoridades sanitárias, manter as distâncias e as precauções. Não podemos dizer: já está bom. Se você me perguntar: posso entrar numa jacuzzi? Sim, mas não pode estar com 10 pessoas apinhadas na jacuzzi. Posso ir à praia? Sim, mas não podemos ficar todos grudados”, prossegue.
Os autores salientam no relatório que entre as possíveis vias de contágio nos ambientes mencionados (piscinas, praias, rios, lagos...), a principal via de transmissão do coronavírus é através de secreções respiratórias geradas com a tosse e os espirros e o contato de pessoa a pessoa, por isso é preciso manter as recomendações gerais relativas a qualquer outro lugar.
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nelson benjmim